CIÚME VIRTUAL
Atire a primeira pedra quem nunca passou por isso Nos tempos modernos o ciúme tem outros aliados: MSN, e-mail, Facebook, Twitter e Skype são alguns deles. Quem nunca encanou com as ‘amiguinhas’ principalmente as novas amizades femininas do namorado.
Se você é daquelas que não consegue ficar um dia sem acessar o Facebook do seu namorado, fuçar o celular para saber se ele recebeu ligações de uma mulher desconhecida ou acessar o e-mail dele para procurar algo suspeito, seja bem-vinda à era do ciberciúme.
O site de relacionamentos Facebook é a febre entre as ciber-ciumentas de plantão. A vida vira um livro aberto e, ao adicionar uma ex-namorada ou uma amiga de longa data com que o cara não teve nenhum envolvimento, a namorada já fica neurótica achando que está sendo traída.
Olhar diversas vezes por dia os posts do namorado pode causar dependência. Quando menos se espera, você gasta boas horas do seu dia procurando por coisas que, algumas vezes, nem existem.
Antes de surtar com o namorado por conta daquele recadinho cheio de segundas intenções deixadas pela ‘ex’ ou das muitas curtidas na página daquela ‘fulana’ que na sua cabeça é mais bonita e mais gostosa que você, os homens nos ensinam uma lição valiosa: correr atrás de provas concretas de traição e não buscar indícios dela
De acordo com os psicólogos israelenses Elliot Aronson e Ayala Pines, o ciúme surge quando nos sentimos ameaçados em nosso círculo de segurança. O problema é que no âmbito dos relacionamentos, muitas vezes o ciúme não tem razão de ser e, normalmente, aparece como desdobramento da insegurança de um dos componentes do casal - ou os dois.
Mesmo sabendo que muitas das nossas "neuras" são exageradas, é preciso ficar alerta porque a traição virtual existe, sim. Talvez você já tenha trocado e-mails mais calientes com um amigo íntimo, mas não passou disso.
Porém, alguns caras podem acabar arrumando uma "amante virtual" e levar uma vida dupla. Se ele passar tempo demais no computador, em salas de bate papo ou no MSN com pessoas que você não conhece, desconfie. Mas se manter o controle quando o assunto é ciúme não é o seu forte, não precisa se questionar sobre sua sanidade mental, afinal, quem nunca teve uma crise de ciúme por causa da ‘sirigaita’ que enviou aquela solicitação de amizade para o ‘seu’ namorado, não é mesmo?
DESPRENDA-SE DE UM AMOR MORTO
Quando nos entregamos ao amor de forma inteira e irrestrita, experimentamos algumas das mais profundas sensações, desde as mais sublimes e maravilhosas, até as mais duras e dolorosas...Entramos em contato com sentimentos novos e difíceis e temos de aprender a lidar com o inexplicável, o humanamente inexplicável...
Tudo isso já seria o suficiente para compreendermos o risco que corremos, mas ainda existe mais um fator a ser considerado: o outro, a pessoa amada! Se já é tão difícil entendermos nosso próprio coração, imaginem o coração do outro...
Cada pessoa está no seu próprio caminho, caminhando num ritmo particular, carregando seus próprios medos e somente cada um de nós pode saber o quanto realmente estamos de coração aberto, o quanto estamos dispostos a superar os obstáculos e ir adiante... ou não! E é exatamente por sermos indivíduos, singulares, ímpares e essencialmente solitários que o amor se torna um grande desafio, talvez o maior de todos!
Porque não há nada mais delicado e sensível e, ao mesmo tempo, forte e avassalador do que dois corações tomados de amor; de um amor que só cresce e só perdura se os dois conseguirem sincronizar seus ideais, acolher seus medos e aprender com a dor...
Diante de tamanha aventura, acredito que esta seja a engrenagem do amor, a máquina que o faz girar... ou parar! Porém, ainda mais difícil que conseguir manter dois corações num mesmo ritmo, em sintonia, creio que seja conseguir fazer essa engrenagem parar de forma sincronizada.
Geralmente, quando um pára, o outro ainda continua e o estrago pode ser muito grande. Por isso, quando amamos uma pessoa, precisamos ser responsáveis até no momento em que deixamos de amá-la, pois somente assim o que foi vivido fará sentido, terá valido!
Terminar um relacionamento é como morrer, mas sempre, sempre com a certeza de que é possível renascer... mais maduro, mais preparado e mais forte. Porque morre a flor, mas jamais a semente! Morre o amor, mas jamais a capacidade de amar! Mas como suportar a dor de morrer?! Como superar a angústia e o desespero de se ver morrendo?! Simplesmente morrendo... esvaziando-se, entregando-se e aceitando a morte!
Quanto mais resistimos, quanto mais tentamos nos agarrar à flor morta, mais sofremos e mais tempo doemos e mais prolongada se torna a morte inevitável! Se o seu coração ama, mas não é correspondido, então não há o que amar. Amor só existe se compartilhado e trocado.
Amor sozinho não é amor, é apego à uma flor morta! Renda-se, entregue-se, solte-se no abismo da tristeza e da morte, por mais medo que isso possa lhe causar. Porque a possibilidade de renascer está, com certeza, depois do abismo!
Recebo muitas mensagens de pessoas que estão presas às suas flores mortas há anos, enterradas num sofrimento absurdo, sem saberem o que fazer para saírem dessa dor, para vislumbrarem uma nova oportunidade de amor...
Esta é a minha resposta: solte-se, desprenda-se da flor morta. Esqueça a flor. Você é a semente e é na semente que está a capacidade de amar. Quando você soltar a flor morta, dará, enfim, espaço para que outra surja, para que um novo amor nasça!
Porque por mais linda que tenha sido a sua história de amor, no momento em que um coração pára, não há mais o que fazer... o amor morre! E se você não o enterrar, se ficar preso, agarrado ao amor morto, terá condenado à morte também a sua capacidade de amar...
Por Rosana Braga